Será realizado um projeto REDD+ para a redução de emissões de carbono em território arhuaco, que permita a conservação das florestas e sua biodiversidade na Serra Nevada de Santa Marta.
Nos primeiros 10 anos, estas iniciativas devem gerar uma redução aproximada de 2,4 milhões de toneladas de CO2 (cifras iniciais que serão definidas com o avanço dos estudos que realizará Conexão Jaguar).
Um dos povos indígenas de maior população da Serra Nevada de Santa Marta, os arhuacos, uniram forças com o Programa Conexão Jaguar da ISA e seus aliados técnicos South Pole e Panthera, para desenvolver projetos de conservação REDD+ (Redução de Emissões derivadas do Desmatamento e Degradação das florestas) em seu território. Esta iniciativa busca frear o desmatamento em áreas ameaçadas, com a finalidade de contribuir para a conservação da biodiversidade e a mitigação da mudança climática, por meio da proteção de 614.043 hectares de bosque.
A Serra Nevada de Santa Marta é conhecida por eles como o “coração do mundo”. Um território considerado sagrado e onde estão todos os níveis térmicos (desde bosques tropicais no nível do mar, até os glaciares e picos nevados de maior altura na Colômbia), gerando uma alta riqueza em biodiversidade; por exemplo, é o lar de mais de 35% das espécies de aves do país.
Por isto, sua necessidade de conservação é primordial, já que atualmente está em estado de ameaça, devido aos incêndios provocados pelas pessoas, o avanço desmedido das fronteiras agrícolas e os cultivos ilícitos, entre outros motivos.
“Temos um propósito compartilhado entre o programa e os arhuacos quanto à conservação do território do jaguar, que para eles é sagrado. Por isso, focamos nossos esforços em criar valor sustentável, promovendo iniciativas que gerem um impacto ambiental e social positivo, por meio da gestão de nossa Estratégia ISA2030, ao mesmo tempo em que estabelecemos relações de confiança com as comunidades em nossas zonas de influência”, disse María Adelaida Correa, diretora de Sustentabilidade do Grupo ISA.
A previsão é de que em aproximadamente um ano e meio estes projetos estejam certificados por padrões internacionais e gerem renda para as comunidades a partir da emissão e venda dos seus créditos no mercado de carbono. Depois disto, continuarão sendo realizadas as atividades de conservação da biodiversidade e de mitigação da mudança climática, além da conservação da cultura ancestral dos povos indígenas. Ambos os projetos podem ter uma validade de até 30 anos.
Projeto com a comunidade arhuaca
As aproximações iniciais do projeto calculam a proteção de 206.043 hectares no departamento de Cesar, que, durante seus 10 anos de vinculação inicial ao programa Conexão Jaguar, devem gerar uma redução estimada de 450.000 toneladas de CO2.
É importante destacar que o desenvolvimento do projeto de conservação faz parte de uma das 17 iniciativas contempladas no “Plano de Conectividade” desenvolvido entre a ISA, os líderes arhuacos e a assessoria da Fundação Herencia Ambiental Caribe. Este é um portfólio de projetos que eles podem administrar e gerenciar a futuro com os diferentes atores (outras empresas, governo, ONGs etc.), que confluem em seu território para temas de etno-educação, convivência humano-felino e conservação dos bosques. Estas são necessidades urgentes deste povo indígena e sobre as quais já estão trabalhando, junto com as filiais da ISA, Intercolombia e Transelca.
O bom relacionamento da ISA com esta comunidade é devido a mais de 16 anos construindo uma relação baseada no respeito e a confiança. Desde o ano 2003, a ISA estabeleceu vínculos com os arhuacos como interlocutores para desenvolver um processo de participação efetiva na gestão ambiental e social da construção da linha de transmissão Bolívar-El Copey-Ocaña-Primavera de 500 kV.
Conexão Jaguar, uma aposta pelo planeta
Para o ano 2030, o Programa definiu a meta de apoiar mais de 20 iniciativas de conservação e restauração de bosques ao longo do Corredor do Jaguar na América Latina, com os quais espera contribuir para a redução de 9 milhões de toneladas de CO2.
Até agora foram 900.000 hectares protegidas, 167 espécies de fauna registradas e um potencial de redução de 6.178.129 milhões de toneladas de CO2 entre os sete projetos florestais na Colômbia, Brasil e Peru. Saiba mais em: conexionjaguar.org.
