Conexión Jaguar

Panthera e Conexão Jaguar da ISA registram 42 espécies no coração da Amazônia peruana

Quatro espécies “vulneráveis” e “quase ameaçadas” fizeram parte das 42 espécies registradas pelas 50 armadilhas fotográficas instaladas na Amazônia peruana, entre setembro e novembro de 2019, por parte da ONG Panthera e Conexão Jaguar, o programa de sustentabilidade da ISA, que apoiam o projeto REDD+ Biored de Ucayali, uma parceria pioneira para a mitigação da mudança climática e a conservação do coração a Amazônia.

Entre as 42 espécies (24 mamíferos, 16 aves, um réptil e um anfíbio), foi registrado o jaguar (Panthera onça), que está na categoria de risco “quase ameaçado”, junto com a anta (Tapirus terrestris), o caititu (Tayassu pecari) e o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), com uma categoria de ameaça “vulnerável”.

Os registros destas quatro espécies demonstram o bom estado de conservação da região e destaca a importância do seu trabalho na proteção do bosque amazônico, da extração ilegal de madeira, do desmatamento e da caça indiscriminada.

O jaguar tem a capacidade de regular a distribuição, abundância e conduta dos animais dos quais se alimenta, mantendo a dinâmica dos processos ecológicos. Sua presença indica um bom estado de conservação dos ecossistemas, já que é sensível à caça, às mudanças de vegetação pelo uso de terras para agricultura, mineração e pecuária e fontes de água poluídas.

A anta é um dos maiores mamíferos dos bosques amazônicos da América do Sul. É conhecida como “o arquiteto da selva”, pois seus alimentos são diferentes frutos e por isso são bons dispersores de sementes, ajudando na regeneração da floresta. Adicionalmente, devido ao seu enorme tamanho e peso (150 a 250 kg), ao andar entre as plantas, cria caminhos que depois são usados por diversos animais. Entre suas principais ameaças está a caça e o desmatamento.

A presença do caititu é um indicador de bosque primário (ou virgem) e de uma grande extensão de território conservado, devido a que anda em manadas de até 200 indivíduos que precisam de diversidade de frutos, sementes e tubérculos. É uma espécie muito vulnerável ao desmatamento e à caça por sua carne e pele. Também é uma das presas preferidas do jaguar.

O tamanduá-bandeira abrange um território amplo, por isso funciona como espécie guarda-chuva, ou seja, sua proteção indica a proteção de outras múltiplas espécies. Pela dieta que leva, cumpre um papel importante na ecologia, controlando insetos como formigas e cupins. A principal ameaça que enfrenta esta espécie é a destruição do seu hábitat por meio de incêndios florestais.

O que é a armadilha fotográfica?

É uma ferramenta de pesquisa para a conservação da biodiversidade e o estudo de espécies de difícil observação direta.

Resultados das armadilhas fotográficas na Amazônia peruana:

Número de espécies registradas: 42

Número de registros de jaguar: 5

Número de registros de felinos: 31

Número de espécies com uma categoria de ameaça: 4

Memorando de entendimento

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