Em 30 de julho a Colômbia comemora o dia nacional da vida silvestre, no qual é exaltado o direito à liberdade, o cuidado de todos os animais, especialmente aqueles que estão ameaçados ou em cativeiro. Para contribuir com este propósito, a ISA, por meio do seu programa bandeira de sustentabilidade, Conexão Jaguar, tem implementado desde 2016 diferentes ações, como o florestamento, reflorestamento e o estabelecimento de agro cultivos sustentáveis para a conservação da biodiversidade, a mitigação da mudança climática e a conectividade dos hábitats naturais das espécies silvestres na América Latina.
Contribua para a conservação da vida silvestre
Um dos principais resultados que teve a implementação de Conexão Jaguar na Colômbia, especificamente em Cimitarra (Santander) e Tierralta (Córdoba), foi o registro em armadilhas fotográficas de quatro das cinco espécies de felinos que atualmente habitam na zona de influência dos projetos do Programa: o puma (Puma concolor), o jaguarundi (Puma yagouaroundi), a jaguatirica (Leopardus pardalis) e o maracajá (Leopardus wiedii). Igualmente, as armadilhas do Programa identificaram espécies em risco de extinção, como o macaco-do-novo-mundo (Saguinus oedipus) e o mutum-de-bico-azul (Crax alberti).
A União Internacional para a Conservação da Natureza – IUCN – destaca que do macaco-do-novo-mundo (Saguinus oedipus), espécie que somente habita nos departamentos de Atlântico, Sucre, Córdoba e a parte norte de Antioquia, apenas restam 6.000 indivíduos, considerando que há uns vinte anos sua população chegava a 30.000. Igualmente, o mutum-de-bico-azul (Crax alberti), presente na parte nordeste da Colômbia (Magdalena, Cesar e Tolima), não supera os 1.000 indivíduos.
Por isso, registrá-los nas armadilhas fotográficas do Programa Conexão Jaguar é um fato extraordinário e demonstra que a proteção dos bosques e a plantação de árvores nativas para gerar o corredor é fundamental para a conservação de espécies ameaçadas como estas.
Outras espécies avistadas pelo Programa Conexão Jaguar
Além das espécies já mencionadas, as armadilhas fotográficas do Programa Conexão Jaguar permitiram o registro, entre outros, do tatu-bola (Dasypus novemcinctus), animal solitário que é mais ativo durante a noite; tamanduá (Tamandua Mexicana), espécie que se alimenta de cupim, abelhas e formigas; saracura-três-potes (Aramides cajaneus), ave furtiva, suspicaz e difícil de ver, mas que com frequência é ouvida; macacos (Cebus albifrons), espécie diurna e arborícola que vive em grupos de 7 a 30 indivíduos; zorros (Cerdocyon thous), espécie omnívora que se alimenta de frutas, vertebrados, insetos, anfíbios, crustáceos, aves e carniça; e pacas (Cuniculus paca), cuja situação na Colômbia é grave, já que suas populações naturais estão diminuindo de tal forma, que existe o receio de seu total desaparecimento em muitas regiões onde já foram abundantes.
Algumas cifras representativas de vida silvestre
A Colômbia está no primeiro lugar em número de espécies de anfíbios e palmas, e no segundo em diversidade de espécies de borboletas. Segundo cifras do Instituto Alexander von Humboldt, o país conta com 1.921 espécies de aves, 492 espécies de mamíferos, 537 espécies de répteis, 803 espécies de anfíbios, 1.435 espécies de peixes e 22.840 espécies de plantas.
